Dilma apresenta na China mapa-mundi invertido que coloca o Brasil no centro e o Sul no topo.
Durante um encontro diplomático realizado nesta terça-feira (13) na China, a ex-presidente do Brasil e atual líder do Banco do Brics, Dilma Rousseff (PT), surpreendeu ao apresentar uma versão alternativa do mapa-múndi. A nova configuração, proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coloca o Brasil no centro do planeta e posiciona o Hemisfério Sul na parte superior da imagem.
A proposta, segundo o IBGE, tem como objetivo estimular uma nova leitura geopolítica, reforçando o papel do Sul Global em um cenário mundial que busca maior equilíbrio entre as nações. Dilma estava acompanhada do presidente do IBGE, Márcio Pochmann, que celebrou a repercussão da iniciativa e chegou a apresentar o mapa ao primeiro-ministro chinês, Li Qiang.
O material, no entanto, tem gerado polêmica. Desde o seu lançamento, a inversão dos pontos cardeais provocou uma onda de reações nas redes sociais, dividindo opiniões sobre a utilidade e o simbolismo da proposta. Enquanto aliados políticos defendem a ideia como uma maneira de reposicionar os países emergentes no debate global, críticos veem a medida como simbólica e desnecessária.
Além das reações públicas, o IBGE também enfrenta tensões internas. A gestão de Márcio Pochmann tem sido alvo de manifestações de servidores que questionam decisões da atual administração. No início do ano, funcionários do órgão divulgaram um manifesto acusando a direção de comprometer a credibilidade técnica do instituto.
Apesar das controvérsias, Pochmann afirmou em publicação nas redes sociais que o novo mapa "alcançou impacto imediato e contribui para mobilizar lideranças do Sul Global", defendendo a proposta como uma ferramenta de reflexão sobre a maneira como o mundo é tradicionalmente representado.
Foto: Reprodução
 
 



 
 
 
 
 
 
 
 



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