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Canela,10/05/2025

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Pressão política impede Lula de demitir Carlos Lupi, apesar de crise no INSS

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Em meio à crise gerada por um escândalo de fraudes bilionárias no INSS, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, segue no cargo graças a uma articulação política que busca preservar a estabilidade da base aliada no Congresso. Apesar do desconforto no Palácio do Planalto, o governo federal adota uma abordagem cautelosa diante da influência do PDT, partido comandado por Lupi, na sustentação política da gestão Lula.

Durante uma cerimônia de 1º de Maio, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, minimizou a possibilidade de afastamento imediato de Lupi. Para ele, decisões envolvendo ministros nem sempre são pautadas apenas por responsabilidade direta, mas também por viabilidade política. Marinho afirmou que a recente mudança no comando do INSS dá ao ministro condições para reestruturar o órgão e reconquistar a confiança pública.

“A permanência de um ministro envolve uma análise política. Lupi agora tem as ferramentas para corrigir rumos. A decisão final, no entanto, é do presidente”, destacou Marinho.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, também saiu em defesa de Lupi. Ele comparou a postura do governo Lula com a de regimes autoritários, enfatizando que a transparência é uma marca da atual gestão.

“Escândalos ocorrem em diversos países. A diferença está na forma como se reage. Aqui, as ações são públicas e imediatas: houve afastamentos, demissões e prisões. O processo segue de forma clara”, declarou Macêdo.

Peso político do PDT sustenta ministro

Além de comandar a Previdência, Carlos Lupi é o presidente licenciado do PDT, partido com 17 deputados federais que têm se mostrado leais às pautas do Executivo. O líder da bancada na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), foi enfático ao afirmar que uma eventual saída de Lupi poderia significar o rompimento do PDT com o governo.

“Se Lupi cair, é como se o partido inteiro fosse dispensado. Não vejo razão para indicarmos um substituto”, disse Heringer ao Poder360. Ele defende que o partido não tente manter o controle do ministério caso Lupi decida deixar o cargo. “Seria incoerente agirmos como se nosso companheiro não tivesse sido atingido”, completou.

Reunião com Lula pode definir futuro de Lupi

De acordo com apuração da CNN Brasil, o presidente Lula e Carlos Lupi têm um encontro marcado para esta sexta-feira (2), ocasião em que devem discutir os rumos do ministro no governo. Nos bastidores, cogita-se que Lupi estaria disposto a deixar o cargo, desde que possa indicar um nome de sua confiança para assumir a pasta.











A decisão final dependerá da conversa entre os dois. Por ora, o Planalto avalia com cuidado os impactos políticos de qualquer mudança na Previdência Social, buscando equilibrar responsabilidade administrativa e governabilidade.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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